Problemas de Pele Associados ao Diabetes Tipo 2: Sintomas e Opções de Tratamento
O diabetes tipo 2 pode se manifestar através de diversos sinais visíveis na pele, agravando problemas pré-existentes ou desencadeando novos. Essa condição afeta a maneira como o corpo utiliza a glicose, ocorrendo quando há pouca produção de insulina ou quando o organismo não responde adequadamente a ela.
Como resultado, os níveis elevados de glicose, também conhecida como hiperglicemia, podem causar complicações em várias partes do corpo, incluindo os vasos sanguíneos, o que retarda a cicatrização de feridas.
A relação entre diabetes tipo 2 e problemas de pele pode ser explicada por diversas razões:
- Danos a vasos sanguíneos e nervos: Esses danos reduzem a circulação e o fluxo sanguíneo para a pele, impactando a produção de colágeno e afetando sua textura, aparência e capacidade de cicatrização.
- Glóbulos brancos: Portadores de diabetes tipo 2 podem ter uma redução na capacidade defensiva do corpo contra infecções.
- Danos a células: As células danificadas podem afetar a capacidade de suar e aumentar a sensibilidade a temperaturas e pressões.
- Danos aos nervos: A neuropatia diabética pode diminuir a sensação e percepção de feridas ou lesões.
Sintomas: Cerca de 97% das pessoas com diabetes apresentam alterações na pele, sendo importante estar atento aos seguintes sintomas:
- Mudanças na pele;
- Feridas ou cortes que demoram a cicatrizar, tornando-se portas de entrada para infecções secundárias;
- Lesões ou irritações no local onde a insulina é aplicada;
- Feridas que parecem estar infectadas.
Infecções Bacterianas: As infecções bacterianas na pele são comuns em pessoas com diabetes e podem incluir:
- Furúnculos;
- Infecções ao redor das unhas;
- Foliculite;
- Chiqueiros, que causam inchaço nas pálpebras;
- Carbúnculos.
Essas infecções geralmente se manifestam com dor, inchaço, vermelhidão e calor. Em indivíduos com níveis persistentemente elevados de açúcar no sangue, os sintomas podem ser mais graves.
Infecções Fúngicas: As infecções fúngicas também são frequentes em pessoas com diabetes, especialmente quando os níveis de açúcar no sangue não estão controlados adequadamente.
O fungo Candida albicans é uma causa comum dessas infecções, que podem se manifestar como:
- Escamas empoladas ou secas;
- Áreas vermelhas, inchadas e com coceira na pele;
- Uma descarga branca semelhante a queijo cottage.
Essas infecções prosperam em áreas quentes e úmidas do corpo, como as axilas, virilha e dobras da pele. Infecções fúngicas comuns, como pé de atleta e micose, se não tratadas corretamente, podem se espalhar e piorar.
Outras Condições de Pele Relacionadas ao Diabetes:
- Dermopatia Diabética: Caracterizada por manchas escamosas e marrom-claras, geralmente nas canelas. Embora não seja prejudicial, pode indicar complicações mais graves.
- Necrobiose Lipoídica Diabética (NLD): Apresenta manchas ovais e circulares castanho-claras, porém, são lesões mais profundas e maiores em menor quantidade. Não há tratamento específico, e as lesões desaparecem sem intervenção, desde que não haja ulceração.
- Esclerose Digital: Essa condição causa espessamento, firmeza e rigidez da pele nas mãos, dedos e pés. O controle adequado do açúcar no sangue ajuda a reduzir o risco de esclerose digital, e os tratamentos incluem a aplicação de loções hidratantes.
- Coceira: Pode ser causada por infecções, má circulação ou pele seca. Pessoas com diabetes são especialmente propensas a afetar principalmente a parte inferior das pernas.
Opções de Tratamento: O gerenciamento dos níveis de glicose no sangue é fundamental para tratar e reduzir o risco de problemas de pele relacionados ao diabetes.
Outras opções de tratamento incluem medicamentos prescritos, adoção de hábitos de vida saudáveis para o controle do diabetes, remédios alternativos e produtos de venda livre (OTC).